sábado, 3 de outubro de 2009

Hóspede maldito



Por tantas estradas andei
em tantas cavernas procurei
milhares de pedras levantei
quantas vezes me suicidei...

Já derramei lagrimas demais e minha tristeza,é tudo o que me leva e traz
Será meu destino viver sozinho?
Sem eira nem beira
Sem casa ou caminho?
Não sei do que gosto
se é do choro ou do riso ou se é do pranto,lamentar o destino.

Quanta dor em descobrir que não podemos ser dois
dois são só dois
dois não são dois
somos um com fome,dois em jejum.

Embora procuremos individuo,um ser sozinho diluído,
no fundo nada existe,além de um imundo humano mundano,escravo insano
,um mero porco roncando.

Apenas existe o desconhecido,
presente de antes ,o nunca vencido,
morto de ontem,pela vida construído,
Vivido amanhã e pela morte morrido
Cedo de tarde,futuro poído
matado amanhã,num passado sempre sonhado,em segredo e calado
berrando e rugindo.

Futura lembrança,bem cedo encorrugido
maldita lambança,desgraçado e bandido
Tem mais pecados do que Cristo, és tão santo quanto um bandido...
Porém,agora não passas de um morto encolhido
Torturado e recolhido
Ignorado e insano
Pela morte escolhido...

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