morto de morte morta,morrida e matada.
A tumba o entediava,
decidiu voltar pra antiga morada,
pra Terra tosca e cagada
para iniciar uma nova jornada.
Achou que depois de muito tempo de sua morte passada,
a Terra estaria melhor populada.
Quando chegou,viu só bosta empoçada,
apenas merda,podre e rala
Que de tempos diferentes datava,
de ontem,hoje e até de amanhã de madrugada.
Não viu seres humanos,só canalhas,
seres que de bom,
não tinham nada.
Vendo o lixo,
atirou-se do precipício
e livrou-se deste maldito suplício.
Morto e sepultado
extremamente aliviado,
Viveu o futuro
Previu o passado.
Morto e sepultado
extremamente aliviado,
Viveu o futuro
Previu o passado.
E o passado,
ele destruiu,
ele chorou e sorriu,
gemeu e dormiu.
Morreu,cresceu e sumiu
girino fluiu
ele mesmo se reprimiu,apertou o pescoço e grunhiu,
dele,algo saiu,um fio,um rio,ele riu...
girino fluiu
ele mesmo se reprimiu,apertou o pescoço e grunhiu,
dele,algo saiu,um fio,um rio,ele riu...
2 comentários:
tchê, muito legal - sem palavras para descrever - passa dor mas de uma maneira ironica...a vida é uma merda mas é a nossa merda e temos que suporta-la! belo texto! fudidos até o fim da existencia...isso torna os seres humanos iguais. abraços
Victor,
Adorei o seu novo poema... sei que comentaram dizendo representar dor e vi isso também... mas fui além, ou talvez aquém, não sei; não sei ao certo o que quis dizer, mas a meu ver é um poema que trata também de começo, meio e fim; passado, presente e futuro... sendo o passado regular, apesar de aparência maravilhosa em se olhando do presente, esse péssimo; e um futuro, almejado por muitos e inatingível por quase todos, melhor, muito melhor que o bom passado; algo realmente transcendental...
Abraços,
Eric Drummond Poète
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