quarta-feira, 30 de março de 2011

Soneto do sangue solar



Mais uma vez o dedo foi furado pelos espinhos da rosa,
o sangue e as lágrimas gotejam,
 manchando/colorindo/embelezando/enfeiando a branca rosa vermelha,
uma miríade que colore e não colore ao mesmo tempo, vísível e invisível.

A Rosa de Luz do Ouro Real, que não é rosa, que não é  ouro,
nem é Real.
Que está no meio, mesmo não existindo em dimensão,
além do lá, além do cá e do acolá, apenas aqui, aqui dentro, sim, aqui dentro.

Cada um é queimado, exaltado e elevado de acordo com sua individualidade,
uns queimam chumbo, outros carvão, alguns dinheiro, outros, queimam a si mesmos, tudo conforme a  sua aptidão.

A beleza da caminhada e  o sofrimento a se superar,
o Amor e a Dor, a Dor,
O Amor...

Um comentário:

Helena disse...

Nossa Vít.. profundo como só. Muito bonito, real e incessante.