quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Diarréia Humanatômica (parceria com Eric Drummond Poète)






O meteoro caiu, abalando os oceanos,
Ele era destinado a destruir,
Qualquer vestígio mundano;
As águas se agitaram,
Os vermes se agitaram,
Nenhum verme sobrou,
A imundice acabou;
Deus defecou,
Seu enorme cocô,
E o homem, assim chegou,
Sangue, suor e fedor.
A obra foi dada,
A merda está cagada
A bosta revirada
Moscas a rodeiam,
E as moscas regurgitam,
De tanto nojo dela;
Nojo de seu todo,
Seu modo de ser,
Seu modo de o mundo ver,
Seu modo de se achar um ser.
Vem ao longe,
De dentro pra fora,
Para perto da merda,
Um ser asqueroso,
Pior que tudo que há,
Uma mistura de barata,
Mosca e é-o-que-há;
Um ser pior que tudo.
O ser intenciona a merda,
A merda é mais rápida,
E absorve o ser,
Engole o ser,
Digere o ser;
E nasce cria dela e do ser,
Do ser dela,
E dela ser;
A cria é pior que tudo,
Pior que os criadores,
Pior que um criador,
E seu criador,
Criador de ambas,
Criadas consigo mesmo,
Digerindo a si mesmo;
Formando o ser inominável,
O ser indomável,
O ser inexplicável,
O ser incurável;
Inominável,
Porém nomeado,
Como Humanidade,
Com acento no y.

2 comentários:

Unknown disse...

Tão triste, raivoso e desesperançoso.
Foi exatamente isto que senti quando li seu texto.

Hey, sinto falta de conversar com você.

Victor Reis disse...

O que mais esperar do bicho homem?Raça perdida,bando de ratos indiferenciados,lacaios...