Há dias venho tentando tomar coragem para escrever,pois monotonia é uma coisa muito entediante,porém sempre que pensava em escrever eu ficava com preguiça...É uma atitude vergonhosa,porém eu observei que são nos momentos que menos pensamos em pensar em algo que pensamos em algo interessante,por exemplo os melhores pensamentos brotam em caminhadas,no trabalho,na escola,nas montanhas,quando conversamos com alguém sobre algo serio,quando nos insultam,quando brigamos com alguém,em um velório,vejam só Newton e a maçã...
Enfim,em lugares e situações inesperadas,e normalmente não temos nada por perto para escrever,então reflito que alguns pensamentos não foram feitos para serem espalhados,mesmo que sejam verdades absolutas,para quem os formula,podem nao ser para os "outros",estes pensamentos são insights que nos conectam com o nosso eu interior,S.A.G,ego e outros milhares de nomes e por isso não há muita validade em espalhá-los aos quatro ventos,pois mesmo que o leitor se julgue entendedor ele pode não ter entendido o que o autor realmente queria dizer,é um erro existir interpretações de textos,pois cada um é cada um,cada situação é única,um bom exemplo é a famosa frase "Navegar é preciso,viver não é preciso.",surpreendentemente não é nem de Fernando Pessoa e nem de Victor Hugo,ela vem de : "Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra,e foi entendida de maneira matemática e metafísica por estes poetas que a interpretaram como navegar não tem precisão(matemática),não se sabe exatamente o que acontecerá e viver é preciso(necessário) pois devemos gozar a vida.Este é apenas um exemplo clássico de equívocos que cometemos,pois tomamos a palavra alheia e a adaptamos a nossas concepções de mundo que sempre são limitadas ao nosso ponto de vista,muitas vezes um ponto de vista roubado literalmente de alguém renomado,um filósofo reconhecido ou até mesmo um acadêmico ridículo aclamado pela mídia.Interpretação é uma acção que consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal ou não verbal entre duas entidades que não usem o mesmo código. É um termo ambíguo, tanto podendo referir-se ao processo quanto ao seu resultado - isto é, por exemplo, tanto ao conjunto de processos mentais que ocorrem num leitor quando interpreta um texto, quanto aos comentários que este poderá tecer depois de ter lido o texto. Pode, portanto, consistir na descoberta do sentido e significado de algo - geralmente, fruto da acção humana.
A verdadeira interpretação na verdade é interna,no nosso alambique,reflexoes,conhece-te a ti mesmo...
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